“Grito dos Excluídos e Excluídas completa 30 anos na defesa da dignidade humana”
Viçosa, 25 de agosto de 2024.
Completando três décadas em 2024, o Grito dos Excluídos e Excluídas se destaca como um marco inegável na luta pela dignidade humana no Brasil. Comemorado anualmente no dia 7 de setembro, data que marca a independência do país, o movimento convida-nos a todos a refletir sobre as desigualdades persistentes e o significado de cada vida.
A programação tem início às 8h, com concentração, acolhida e animação próximo à Igreja Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, haverá um momento com falas alusivas aos eixos propostos. A partir das 10h, os presentes caminharão rumo ao Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, onde acontecerá a santa missa de encerramento.
Com o lema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”, o Grito de 2024 nos desafia a olhar para as periferias, para os povos indígenas e para todos os indivíduos marginalizados, levantando uma questão crítica: estamos realmente fazendo o suficiente para garantir uma vida digna para todos?
Ao longo destes 30 anos, o Grito serviu de voz para aqueles que não têm voz, trazendo à luz as injustiças, desigualdades e violências que assolam a nossa sociedade. É um movimento que nos convida a sair da nossa inércia e a empenhar-nos na luta por um mundo mais justo e compassivo.
Na Arquidiocese de Mariana, por exemplo, o Grito é comemorado há quase três décadas, unindo comunidades e grupos eclesiais em torno de um objetivo comum: construir um Brasil mais humano e fraterno. A procissão ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, um dos pontos altos da celebração, simboliza o caminho que todos devemos empreender na prossecução de um futuro mais justo.
O apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ao Grito dos Excluídos e Excluídas é essencial para fortalecer esse movimento e amplificar sua voz. A CNBB reconhece a necessidade de continuar a discutir questões sociais e trabalhar em prol de um país mais justo.
Neste 30º aniversário, o Grito nos convoca a renovar o nosso compromisso com a dignidade humana. É hora de sairmos das nossas zonas de conforto e nos envolvermos nas lutas pela justiça social. Afinal, como nos lembra o lema deste ano, todas as formas de vida importam. E nós, como sociedade, temos a responsabilidade de garantir que cada pessoa tenha a oportunidade de viver uma vida plena e digna.